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“Tranformãeção” - A saga do renascer

Eu nunca sonhei em ser mãe. Meus planos e sonhos sempre foram outros, até que aquele segundo bendito tracinho apareceu no exame de urina. 

Meus primeiros dias foram de um estado de extremo êxtase para total desespero. Aquela felicidade inicial deu lugar à sentimentos que eu nem sabia que existiam. Inclusive a maternidade é feita de um bando de coisas que você nem sabe que existem hehe Flutuações hormonais assustadoras, sentimentos fantasmagóricos , todas as diversas mudanças no nosso corpo e no nosso eu, etc etc etc, para sempre etc. 

Me lembro bem que um dos meus maiores e mais recorrentes medos, era o de “nada voltar a ser como antes”, mal sabia eu nesse então, que como diz o gênio, Lulu, nada do que foi será, do jeito que já foi um dia. 

O minuto de agora, já não é como 1 minuto atrás. A verdade é que se tornar mãe dói. Dói porquê você morre, para em breve renascer, assim como uma lagarta que dentro do seu casulo se prepara para se transformar em borboleta. E quando o bebê vem para seus braços, você ganha asas, e como um pássaro recém nascido, desajeitado, você ainda não sabe como voar, mas descobre dia após dia como é maravilhoso poder ver o mundo do alto.  

Você chora o luto de enterrar seu antigo eu e na presença desse novo amor, e que amor, você celebra o nascimento de alguém que você está prestes a conhecer. Você mãe. 

Ser mãe é se perder e se achar em si mesma. É destruir-se e reconstruír-se no maior amor que alguém pode sentir. Ser mãe é saber que nada, nunca mais será como antes, e ter a certeza que você não vai sentir a menor saudade disso.  


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